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Foto do escritorQuixadá Aventura

Vento forte e úmido chega pela primeira vez em 2018 no sertão do nordeste antes das 18h.

Aracati e Camocim, nos sertões do Ceará; cantarino na Chapada do Araripe — divisa de Pernambuco com o Ceará —, porque assovia ao atravessar a serra: um vento forte, de nordeste para sudoeste, que sopra pontualmente entre 19 e 21 horas e refresca agradavelmente as noites de primavera. Para quem está em casa depois de um dia quente, nada melhor que receber a brisa do mar resfriando todo o ambiente.

Para quem está em voo e principalmente no voo livre é uma situação bem delicada, pois o vento do litoral consegue superar a velocidade de projeto dos equipamentos e os mesmos perdem a capacidade de voar em direção ao vento. Outra caraterística deste vento relatado pelos pilotos que já o surfaram é que ele faz você voar cada vez mais alto e é necessário realizar manobras de descida para pousar.


Previsão 05/09/2018 - Fonte: Windy

Primeiro dia de 2018 recebendo ainda com luz solar a brisa marítima

Ontem, 04/09/2018, a brisa no mar chegou em Quixadá as 17:30, Juatama as 17:40 e em Madalena as 17:45 com aproximadamente 45km/h, segundo informações relatada por pilotos locais. A tendência é que esse horário vá diminuindo proporcionalmente a elevação da estiagem no sertão.

Os pilotos nativos estão "salvos" de encontrar esse vento em voo, pois já conhecem seus sinais de chegada.

Ontem a leitura do ambiente permitiu o pouso seguro alguns minutos antes da chegada do mesmo.


Quais os sinais que a brisa marítima está chegando no sertão? Em Quixadá utilizamos algumas referências:

* O vento rasteiro diminui a visibilidade e quando as montanhas começam a desaparecer é sinal que ele se aproxima;

* O vento chega mais rapidamente nas camadas superiores, desta maneira a formação de nuvens são "apagadas" pelo vento, tudo fica azul;

* A pressão do vento leste diminui e vira nordeste e o voo fica cada vez mais sustentado;

* Quando o vento vira nordeste é sinal que ele chegará ainda durante a luz do dia. Quanto mais cedo o vento for nordeste, mas cedo a brisa chegará no sertão.

*Para os pilotos que não bons em observação, a estratégia é telefonar ou passar um WhatsApp para outro piloto que mora no litoral e perguntar se a brisa já chegou, pois ela leva alguns minutos pra se deslocar até o Sertão.

*A brisa tem horários regulares com pequenas alterações, porem inexplicavelmente (ainda) existem exceções.


18/11/2017, Imagens da redemet mostram a brisa do litoral "apagando as nuvens" do nordeste do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.


Riscos no voo de cross country? Para os pilotos de Cross Country os riscos são baixos, pois o vento vem pelo litoral e podem avançar até 300km sertão a dentro, porem quanto maior for sua distância do litoral, maior será o tempo de chegada da brisa marítima. Exemplo, a brisa do mar chegou em Quixadá às 16h, para o piloto que esta em voo no km100, essa brisa irá chegar nele aproximadamente às 18h, no qual provavelmente o piloto já terá pousado.

Resta ter atenção ao se voar próximo ao litoral, principalmente entre 1 e 200km da faixa nordeste do Nordeste do Brasil.

Por estes e outros segredos do sertão recomendamos voar sempre com uma assistência local experiente, Quixadá Aventura existe para isso.

Como ele é formado?

A brisa marítima é formada por ventos diurnos que sopram do mar para o continente. Ocorre devido à diferença de temperatura entre um e outro. Para se aquecer, a água precisa de mais energia solar do que a terra. Embora ambas recebam a mesma quantidade de energia, a última se aquece mais porque o solo é mau condutor e concentra o calor. A água é boa condutora e dispersa o calor para águas profundas. A temperatura mais alta da terra aquece o ar sobre ela deixando-o mais leve e tornando a pressão atmosférica menor do que sobre o oceano.

“Os ventos se deslocam para as regiões de baixa pressão, mais vazias, formando a brisa marítima”. Durante a noite a situação se inverte. O mar demora para se resfriar porque as águas profundas mantêm a temperatura noturna quase igual à diurna. O ar sobre o oceano é mais quente do que na terra. “Como a pressão sobre o continente é mais elevada, os ventos se dirigem para o mar, que tem pressão mais baixa, formando a brisa terrestre”, acrescenta.



Por,


Eurismar Júnior

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Fontes

Instituto Nacional de Pesquisas espaciais

Super interessante

Universidade Federal de Pernambuco

Redemet


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